segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Ihaneza

 

Ihaneza

Era um labirinto
Quiçá uma encruzilhada
Falava o sonho enluarado

Era doce como flor
Quiçá abelha perfumada
Falava a pele atrevida

Era leve como oração
Quiçá uma doce melodia
Falava a dita cartilha

Era a manhã de sol
Quiçá um estouro de rima
Falava seu antigo poeta.

Fernando Marques

Sem Mote, Sem motivo

 


Sem Mote, Sem Motivo

Eu poderia lamentar por noites
Praguejar o céu e a terra
Andar por todas as estradas
E descobrir onde cada uma se encerra

Mergulhar numa tempestade
Na centrífuga de ponteiros parados
Um gole a cada passo
Nos passos desamparados

E ao chegar na procura
Sentar e respirar bem fundo
E quem sabe desaguar
Os meus sonhos de mundo


Fernando Marques


Sempre Adiante

 

Sempre Adiante

E quando eu estiver sozinho

E a saudade o teu nome exclamar

Que eu seja aquele que caí do ninho

Tentando um novo voo alcançar


Fernando Marques

domingo, 17 de janeiro de 2021

Arremeter

 

Arremeter


O que me faz voar

São sonhos e paixões

O que me faz o chão tocar

Desconstrói as ilusões.


Fernando Marques

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Vá!

Vá!

 

Os sonhos voam como a manhã que passou...

Veio a tarde o dia caminhar

Os dias assim passam

E nada do Paço mudar

 

Entra um:

Representa a inelegida

Famílias por aí estão

E a cidade continua esquecida

 

Estamos num momento singular

Onde a força da união

A fé na boa batalha

Mudarão essa situação

 

Pense mais em todos

Esqueça o seu umbigo

Cubra-se de valores

Seja da cidade um amigo

 

Lute, vá em frente

Crie seu próprio caminho

E quando olhar pro lado

Verás que não caminhas sozinho

 

Alguns tentarão

Calar a sua voz sincera

Alguns brilhos podem cintilar

Aja de forma fraterna

 

Saia sempre armado de casa:

Com um brilho no olhar

Paz e amor no coração

E vá sua mudança apresentar

 

Fernando Marques 

domingo, 31 de maio de 2020

Saudade e Saudosismo

Saudade e Saudosismo

Ao meu batalhão pesado
As minhas saudações
Ao brilho e ao passado
Que vertia emoções

Do cortejo a carreata
Dos inúmeros amanhecer
Da sensação do ser primata
Com a trupiada a entorpecer

Fernando Marques

domingo, 19 de abril de 2020

Atroz

Atroz

E vem a noite
Os meus dissabores embalar
De olhos fechados
E a disritmia a perturbar

Uma nota de uma canção
Repentinamente
Um pulo na emoção
Delicadamente

A lágrima que se descarta
Antes de nascer
A dor que não se apaga
Por não saber descrever

O horizonte e a mordaça
Sob o julgo do coracão
A estrada que se divide
Feito um ponto de interrogação

Fernando Marques




quinta-feira, 26 de março de 2020

Sereno

Sereno

A  pessoa quando ama
Não precisa dormir pra sonhar
Basta soltar o fole do coração
E se permitir suspirar

É feito o ato de respirar:
Sem forma e liberdade
É aquela chuva
Que te banha com suavidade

É um ponto de vaidade
Que narcisas no olhar
É o doce e o amargo
A te rodear

Fernando Marques

Buliçosa

Buliçosa

O vento que venta aí
É o mesmo que passeia aqui
Tuas vestes que despes aí
São as mesmas que tirei aqui

Fernando Marques

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Insanidade

Insanidade

O sonho que não te deixa em paz
A tortura da tua saudade
O cálice da tua dor
A tua insanidade

O pecado que toma forma
Feito sexo e religião
A dança de uma valsa dedilhada
Dos compassos do teu coração

Fernando Marques